Deolinda Rebelo Dias

A Deolinda era natural de Lamosa, concelho de Sernancelhe, Lamego. Deus chamou-a a Si em julho de 1983, com 61 anos.
Desde os 17 anos esteve em contacto com este Instituto Secular, pois conheceu e acompanhou a sua  Fundadora, Maria Isabel Henriques Marques Matias, na obra social do Mons. Freitas Barros, em Oliveira de Frades. Contagiada pelo entusiasmo apostólico da Maria Isabel, também ela se foi decidindo pela oferta da sua vida a Deus, sonhando contribuir para a conquista de muitos, para Deus.
Sobre a sua forma de dar a vida no dia a dia, testemunha a Manuela Santos:
«A Deolinda era a mulher das coisas pequenas. Fazia o bem na discrição e no silêncio. Seguia o lema: "Se não tens bem para dizer, cala-te". Olhava cada Serva com muito amor, com muito respeito, como uma predileta;
«Deus escolheu-a como me escolheu a mim».
A Deolinda revelou sempre um grande amor a Deus, ao Instituto e às vocações.
Nos últimos meses da sua vida esteve muito doente e revelou muita paciência no sofrimento.
Nessa altura, a Casimira de Jesus testemunhou:
«O convívio com a Deolinda foi estimulante para a minha vida. Entre as virtudes que embelezam a vida de um cristão, a que nela mais me tocou foi o seu silêncio. Silêncio que era cheio de paz, oração e interesse pelos outros. A calma e serenidade com que realizava os seus trabalhos e o contacto com as pessoas, manifestava que ela estava toda naquilo que fazia. Um dia uma jovem disse dela: «Que paz esta senhora transmite!»
Era muito sóbria quando emitia opiniões.
Dentro de uma discrição natural, manifestava interesse pelo bem de todos. Impressionou-me muito ao tomar conhecimento de que ela tinha organizado uma venda de rifas, para ajudar uma família necessitada.
A atitude que tomava diante do sacrário deixava transparecer a delicadeza que vivia com o Senhor.
Nos últimos dias da sua vida, quando já necessitava de bastantes cuidados, dizia-me: "Vai estudar. Eu estou bem". Descentramento de si até ao fim!