Maria de Freitas Patrício

Maria de Freitas Patrício
Natural do Porto da Cruz, Madeira, nasceu a 28 de dezembro de 1931 e faleceu em 28 de outubro de 1983, em Coimbra, atropelada.
Como toda a família, era piedosa e dedicada à igreja, em diferentes atividades: ação católica, catequese, grupos de jovens. Quando fez a profissão de fé foi tocada pela frase de Jesus: "O principal mandamento é amar a Deus com todo o coração, com toda alma e com todas as forças" Mt 22,37. Relata mais tarde que esta Palavra foi determinante para descobrir o chamamento de Deus a entregar-lhe toda sua vida. Em sua casa dedicava-se à costura, ensinando outras jovens que a procuravam para isso.
Em 1970 conheceu o Instituto, iniciando o seu processo de formação em vista à consagração. A Maria Patrício era uma mulher alegre, atenta aos outros, sabia escutar cada um e aconselhar com sabedoria nas diferentes situações; com grande zelo apostólico, era especialmente atenta às situações de solidão dos idosos. Não só ia ela prestar os cuidados necessários, mas convidava outros a irem também.
"Recordo uma mulher humilde e atenta aos outros. Há um acontecimento que nos aproximou de modo especial: a nossa consagração perpétua que aconteceu no dia 3 de outubro de 1982. Como eu tinha os meus pais e alguns irmãos presentes e ela não tinha ninguém, estivemos mais próximas e ela ia interagindo com a minha família e disse que eles também eram da sua família, pois somos todos irmãos e que gostava muito duma família grande… Este sentido de família alargado ficou na minha memória de modo especial. Nesse dia queria dar-me sempre o primeiro lugar, apesar de ser a mais velha. No primeiro aniversário dos votos ela telefonou-me a dar os parabéns e a recordar aquele grande dia. Conversámos um pouco com algumas gargalhadas à mistura, como era seu jeito, e foi a despedida até à eternidade, pois nesse mês teve o acidente mortal".
Alzira
"Recordo uma mulher de oração que lhe dava a capacidade de viver em atenção delicada aos que viviam consigo e de aceitação do sofrimento, que me impressionou e me causava admiração, porque não se revoltava nem se lamentava facilmente. Recordo-a como uma mulher bem humorada. Em situações de conflito agia tão descontraidamente e com tanta simplicidade que arrastava os outros para um clima de leveza e de boa disposição".
Josefa