Maria Virgínia Alves

Maria Virgínia Alves
A Maria Virgínia era natural de Alvares, Góis, e cedo se questionou sobre qual seria a sua vocação. Queria ser carmelita mas Deus tinha outro projeto para ela: serva do apostolado. Foi uma colaboradora muito próxima de Maria Isabel que desde cedo lhe confiou tarefas de grande responsabilidade. Foi Coordenadora do Instituto cerca de 12 anos com grande empenho e amor por cada serva, imprimindo um grande dinamismo em todo o Instituto, concretamente no aprofundamento do carisma e missão. Estava atenta às servas e ajudava cada uma a colocar os seus talentos ao serviço dos outros. A sua entrega a Deus e ao Instituto foi vivida com muita paixão. Isso transparecia nas suas palavras e num agir manifesto em zelo para que todos estivessem bem à sua volta. Gostava de cantar uma canção que ela mesma compôs: “O Amor, no mais fundo do meu coração, faz-me amar, loucamente e sofrer, ser de todos, não ser de ninguém”. “A minha relação mais próxima com a Virgínia começou no dia da sua consagração perpétua no Instituto, a 24/09/1969. Marcou-me muito aquele sim incondicional a Deus por toda a vida. Era uma mulher apaixonada por Deus e pelas pessoas, pelas realidades humanas e sociais. Mulher doada às causas do Reino de Deus, expressou um forte espírito de serviço apostólico e missionário. Profissionalmente competente, não só junto dos alunos, mas também na comunidade civil e eclesial. Recordo o seu entusiasmo e sábio empenho na escola da aldeia do Cardeal. Numa ação abrangente contribuiu para o desenvolvimento intelectual, social e religioso daquelas pessoas. Promoveu uma semana missionária para que os elementos mais novos do Instituto experimentassem, no terreno, o que é ser missionário “cá dentro”. Integrou com grande entusiasmo as “equipas missionárias” na Diocese de Coimbra. Procurou expandir o carisma e missão do ISA através de encontros com outros leigos, especialmente com jovens e famílias, dando origem aos, hoje chamados, Amigos ISA.
"A capacidade de escuta era uma característica muito própria. Quando chamava a atenção fazia-o com frontalidade e misericórdia”
Casimira
“Recordo a primeira vez que fui ao Almegue. Ia com uma necessidade enorme de encontrar alguém que me compreendesse na minha busca, mas sem me pressionar. Queria sentir-me muito livre para refletir e tomar as minhas decisões em ordem ao discernimento vocacional. A Virgínia era uma mulher acolhedora, alegre, simples, parecendo-me realizada, o que me deu muita confiança e vontade de iniciar caminho com ela. Era uma mulher sóbria no seu arranjo pessoal, bem disposta e de uma relação com Deus muito profunda. Partilhava a sua vida com muita simplicidade, sem exibicionismo. Era como uma irmã mais velha; muito oportuna e delicada nas suas intervenções. Era alguém com quem facilmente se criava empatia. Sentia-a muito como uma coluna na história do Instituto para o qual foi um grande dom de Deus”
Helena